sábado, 21 de janeiro de 2012

Mangás

Vamos ao segundo artigo, agora um texto sobre os mangás escrito pelo Neruda. Boa Leitura! o/

Quando pensamos em ir até a banca e comprar um mangá, é quase impossível saber como ele ganhou esse formato, pois bem essa é uma jornada que teve inicio com o Oricom Shohatsu, que era formado por um grupo de pessoas que percorriam as cidades do arquipélago contando as suas lendas através do teatro de sombras, por volta do ano 710, quando o Japão vivia o período Nara, onde surgiram os emakimonos que eram biombos onde as lendas acabaram por ser conservadas em pinturas e inscrições em rolos de papel, o que formava uma história em quadrinhos primitiva.
Uma grande mudança só viria a ocorrer por volta de 1603, no período Edo quando o imperador abriria as portas do país para o mundo. Nesse período as publicações deixam de ser feitas em rolos e passam a ser editadas em formatos de livros, como já se fazia no Ocidente. E durante a Restauração Meiji na segunda metade do século XIX, Katsushika Hokusai publicou uma série de caricaturas num jornal em Nagoya, entre 1814 e 1834, e que ele próprio denominou mangá, cujo significado é “desenhos irresponsáveis”.
Os mangás passaram a ser confeccionados em oficinas no fundo das casas e vendidos, após o final da Segunda Guerra Mundial, essas oficinas tinham material escasso para produzir então surgem as Kashi Honya, que locavam os mangás, são desses estabelecimentos que surgem as grandes editoras de mangá do Japão. O formato de leitura rápida seria fortemente influenciado pelas publicações americanas e transformada ao longo dos anos 50 e 60 por Osamu Tezuka. Então o mangá que consumimos hoje é um resultado desse longa jornada com mais de 1300 anos e que esta constantemente sendo adaptada.